24 de jul. de 2011

HISTÓRIA DA ARTE PARAIBANA - SÉCULO XIX - OS PIONEIROS

Em 1852 chegou à cidade de Areia uma missão científica chefiada pelo naturalista francês Louis-Jacques Brunet, e incubida pelo então presidente [governador] da Paraíba, Sá e Albuquerque, de "observar a posição geográfica dos principais pontos da Província". Brunet e o desenhista da expedição, o alemão Bindseil, deram com o menino Pedro Américo, que tinha entre 9 e 10 anos de idade. Bindseil, em carta ao presidente, reconhece eufórico: "Descobri um rapaz, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, filho de pais sem fortuna, que possui um talento extraordinário para a pintura. Desde que sei de minha arte, tanto quanto basta para apreciar um talento nascente, não me lembro de ter encontrado outro igual".

<--Pedro Américo, Autorretrato, óleo sobre tela, 120x86cm, 1893. Acervo Pinacoteca de São Paulo.

E, durante vinte meses, Pedro Américo acompanhou a expedição por toda a Paraíba e parte de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. Pouco tempo depois, o prodígio foi estudar na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, escola criada quando da chegada da Missão Artística Francesa, e da qual saíram os maiores nomes da pintura e da escultura do país nos séculos XIX e XX. O paraibano Pedro Américo era tratado como a glória da Academia, seu melhor aluno, a esperança da arte brasileira. Autor de obras emblemáticas como O brado do Ipiranga (1886-87) e Batalha do Avaí (1872-77), é considerado, ao lado de Zeferino da Costa e de Vítor Meireles, um dos três mestres brasileiros do período Neoclássico. (MARTINS, 1994).

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