16 de jul. de 2011

HISTÓRIA DA ARTE PARAIBANA - PRÉ-HISTÓRIA - Itacoatiara do Ingá

É no período pré-histórico que temos os mais antigos registros da interferência do homem na paisagem da Paraíba, com pinturas e inscrições rupestres encontrados em vários sítios. Na Pedra do Ingá (distante 80 km de João Pessoa), documento lítico ainda não decifrado, podem ser observadas, esculpidas na rocha, estranhas figuras assemelhadas a astros, animais, objetos desconhecidos e até a algo parecido com um foguete. Elias Herckman, governador da Paraíba durante o período holandês (1638-1644), já se referia a estas "garatujas complicadas" e atribuídas, por alguns estudiosos, até aos fenícios. Na verdade, a Pedra do Ingá continua ainda um mistério para a arqueologia e a antropologia.

O historiador paraibano Ademar Vidal, em seu Guia da Paraíba (Rio de Janeiro, 1943), diz: "No Estado existem inscrições rupestres espalhadas por vários lugares. Assim é que o itinerante poderá encontrá-las na Serra da Caxêxa, em Bananeiras e Serra da Aba, em Patos, enchendo as paredes dos rochedos e dos caldeirões que nas mesmas se encontram, muita inscrição a tinta encarnada e em baixo relevo: riscos inclinados e verticais, cruzes e círculos, garatujas complicadas, desenhos esses comuns a todas as outras inscrições como as de Pedra Lavrada, em Bananeiras, onde se vêem 'ferros de marcar rezes'; na serra do Algodão, em Areia, numa gruta com restos humanos sepultados sob camadas de terra finíssima, enquanto nas suas paredes se notam arabescos traçados em cor vermelha; na Serra do Corredor, em Cabaceiras; no Pico do Jabre, em Teixeira, com uns desenhos de mãos e pés de homem; no Gengibre ou Belém de Guarabira, em Serrinha, Poço do Boi, Pasmado e no Ingá".

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